Honestino Monteiro Guimarães
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QUEM FOI ESSE LÍDER ESTUDANTIL


Honestino Monteiro Guimarães foi o primogênito dos quatro filhos de Benedito Monteiro Guimarães e Maria Rosa Leite Monteiro. Nasceu em Itaberaí, no interior de Goiás, no dia 28 de março de 1947. Viveu na cidade até 1960, ano em que ele e a família vieram para a Brasília em busca de um sonho: mudar de vida.

Assim que chegou, Honestino foi matriculado no Colégio Elefante Branco — apelidado na época de Elefante Vermelho, por causa de acusações por parte do governo de comunistas. Ainda secundarista, a luta pelo movimento estudantil se inicia.

Estudioso, aos 18 anos, prestou vestibular para Geologia na Universidade de Brasília (UnB). Foi aprovado em 1o lugar — 257 pontos em uma prova de pontuação máxima de 260.

A vida universitária ampliou horizontes, aguçou ainda mais seu espírito crítico. Com o golpe militar de 1964 veio a luta. Honestino liderou séries de pichações pela capital: “Abaixo a ditadura”.

Maduro na luta, personificou a angústia de muitos brasileiros. Foi presidente da Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília (FEUB) e duas vezes da União Nacional dos Estudantes (UNE), uma delas quando estava foragido.

‘Gui’, como era chamado pelos familiares e amigos mais íntimos, casou-se por procuração com Isaura Botelho em 1968, então namorada e mãe de sua única filha, Juliana Botelho Guimarães (atualmente com 34 anos). Separou-se em 1971 e meses depois se casou com Rosa, nome usado na clandestinidade.

Durante a pior invasão sofrida pela UnB, em agosto de 1968, Honestino foi preso e permaneceu dois meses em poder do Exército. Em setembro, foi expulso da universidade.

Com o Ato Institucional nº 5 (AI-5), instaurado em 13 de dezembro de 1968, Honestino passou a viver nas sombras. Continuou coordenando encontros estudantis e lutando contra o regime militar até ser pego em 10 de outubro de 1973 — data que consta em sua certidão de óbito, conseguida anos mais tarde por sua família. Na época, tinha 26 anos. Depois da prisão, a mãe e os irmãos continuaram a procurar, em vão, em várias prisões pelo Brasil.

No dia 26 de agosto de 1997, o então reitor da UnB João Cláudio Todorov outorgou o título de Mérito Universitário a Honestino.

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