Cronologia

UnB/Agência

1947 — Nasce no dia 28 de março, às 15h30
Honestino Monteiro Guimarães, o primogênito
do casal Benedito Monteiro Guimarães e Maria Rosa Leite Monteiro, com 3,5 quilos, rosado, e olhos azuis como os da mãe. O parto aconteceu na casa dos avós maternos.

1953 — Honestino, aos seis anos de idade, inicia a vida estudantil matriculado no Colégio Coração Imaculado de Maria na 1ª série do primário.

1960 a 61 — A família se muda para Brasília. Honestino iria, no ano seguinte, fazer a 4ª série no Colégio Elefante Branco e seus irmãos fariam a 1ª série no Caseb.

1962 a 64 — Honestino cursou o 2ª Grau, parte no Elefante Branco e parte no CIEM. Norton e Luís terminam a 4ª série ginasial em 1964.

1965 — Honestino, então com 18 anos, presta vestibular na UnB. Luís Carlos, um dos irmãos, estava na 1ª série do 2° grau no Elefante Branco e iniciava sua vida na política secundarista (já sofria repressão).

1966 — Acontece a primeira prisão de Honestino juntamente com seus primos Juarez Caldas Leite, Maceió de Goías Leite Filho e o amigo Cassís.

1967 a 68 — Norton, na época o caçula, foi expulso do CIEM pelo fato de ser irmão de Honestino e matriculou-se no Elefante Branco. Luís Carlos é preso e Honestino passa por mais três outras prisões. Honestino e lsaura Botelho se casam por procuração.

1968 — No dia 13 de dezembro é instituído o AI-5. Honestino inicia sua vida de clandestinidade e em 17 de dezembro seu pai, Benedito Monteiro Guimarães, morre em acidente de carro, depois de três noites sem dormir.

1971 — Nasce em São Paulo a filha de Honestino, Juliana Botelho Guimarães, que é entregue pelo pai à avó Maria Rosa. O casal se separa logo em seguida.

1973 — Em meados do ano a mãe, Maria Rosa, encontra Honestino pela última vez, na tentativa de fazê-lo desistir da clandestinidade e fugir do país. Honestino não concordou e, meses depois, no dia 10 de outubro, foi preso pela marinha no Rio de Janeiro. A mãe, Maria Rosa, o procura nos mais diversos lugares: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília. Busca socorro em diversos quartéis e na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na maçonaria e em muitos outros órgãos. Em dezembro, Maria Rosa recebe autorização de um general para visitar Honestino na prisão. O encontro, no entanto, nunca aconteceu.

1974 — Continua a procura por Honestino. Nos primeiros meses do ano corre boato de que ele havia morrido, o que faz a família desistir da busca em cada prisão para tentar encontrar o corpo dele.

1996 — No dia 12 de março a família recebe a certidão de óbito, com grande número de informações ignoradas, inclusive a causa da morte. O único dado informado foi a data da morte: 10 de outubro de 1973, quando ele foi preso no Rio de Janeiro.

Fonte: Honestino, de Maria Rosa Leite Monteiro.

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