Globo online, Blog do arnaldo Bloch, 25/09/2007
Comentário de David Spichler, cirurgião professor da Uni-Rio, integrante do FENEME (UFRJ) e ex-aluno
Caro Arnaldo,
(em resposta a carta do Reitor Aloiso Teixeira)
Belo exemplo entre o desejo e a realidade. Lembrando que a Faculdade Nacional de Medicina (segunda mais antiga do Brasil) virou Faculdade de Medicina da UFRJ, acabou sendo transferida para o Fundão, destruíram o prédio e transferiram o terreno de forma obscura para a UNIRIO deixando um vazio em todos os médicos formados há mais de um século. Hoje resta o terreno "abandonado" na Av. Pasteur. Recentemente a UNE recebeu de volta o seu terreno, mas nada sobre o nosso prédio representante de toda uma geração de médicos na luta contra a ditadura. Apenas para corroborar, vide o prédio do Hospital escola São Francisco de Assis na Av. Presidente Vargas e teremos convalidado todas as propostas do nosso Reitor atual. Infelizmente é assim que se tratam assuntos relativos a nossa UFRJ. Lamentável. Em tempo, no dia 14 de Dezembro estaremos comemorando 35 anos de nossa formatura, como a última turma da Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha, onde lancaremos um manifesto protesto sobre a derrubada do Prédio da Praia Vermelha. Nos Estados Unidos e na Europa, Universidades se orgulham dos prédios centenários, quando necessário constroem prédios e hospitais novos como anexos, aqui se mudam e apagam a memória, destruindo os prédios. Gostariamos de participar desta discussão pública sobre os rumos de nossa Universidade. Nós médicos da FNM ou FENEME (UFRJ) queremos de volta a nossa memória.
[ A carta do reitor Aloiso Teixeira pode ser lida aqui ]