Graber assume câmpus Marquês e Derdic

Pucviva nº649, 10 de março de 2008
SEGURANÇA

Nas próximas semanas, a empresa de segurança Graber assumirá os câmpus Marquês de Paranaguá e Derdic em substituição à Drili, que operou por dez anos naqueles espaços. Em outubro de 2007, quando se iniciaram os estudos para mudança de empresa, mais de cem pessoas do câmpus Marquês pediram em abaixo-assinado que os prestadores de serviço da portaria e vigilância permanecessem em suas funções. Entre os motivos alegados, os signatários apontavam a competência e a eficiência da empresa. “Não sabemos por quais razões se decidiu pela troca de empresa. Até porque não fomos consultados, apesar de tal ação afetar-nos diretamente”, diz o texto.

Ouvida pelo PUCviva, a assessora comunitária Celina Nasser informou que a mudança teve duas razões principais. Em primeiro lugar, constatou-se no câmpus Marquês de Paranaguá problemas de segurança que a atual empresa não conseguia sanar. Além disso, Reitoria e Fundação São Paulo chegaram à conclusão de que ter uma única empresa de segurança para todos os câmpus de São Paulo proporcionará um controle mais eficaz.

Uma solicitação da comunidade da Marquês era que, se a mudança fosse inevitável, que a Graber reaproveitasse os funcionários que hoje prestam serviços à comunidade. Nesse sentido, Celina afirma que estão sendo feitos estudos para a absorção de parte dos funcionários da Drili, mas que estes trabalhadores deverão se encaixar no perfil da empresa Graber.

Polícia política

A Graber vem acumulando nos últimos tempos uma série de críticas aos seus serviços no câmpus Monte Alegre. A instauração da sindicância contra nove estudantes mostrou que, além dos serviços de vigilância patrimonial, a empresa atua como uma espécie de polícia política. Os depoimentos de seus funcionários revelaram um sofisticado trabalho de coleta de informações pessoais. Os autos do processo sindicante revelam tais informações, algumas vezes distorcidas, e que embasaram a conclusão de culpabilidade dos estudantes. Em uma assembléia do curso de Jornalismo, um segurança foi flagrado retransmitindo aos seus superiores as decisões de professores e estudantes.

Também são normais os relatos de ameaças de seguranças a estudantes. Na semana passada, conforme relato do PUCviva, um segurança agrediu fisicamente um estudante de Jornalismo. A professora Celina afirmou que a Reitoria vem acompanhando esses problemas e tentando aperfeiçoar o trabalho da empresa. No caso da agressão ao estudante, o funcionário foi afastado do setor.

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