Burocratas não descem ao porão: "a culpa é da NN"

MNN — Brasília17, 27.02.07

Até agora não temos notícia de sequer um estudante da Sociais que se declarasse contrário à derrubada da jaula do Cohn; desde as reuniões ocorridas no começo das férias, no ano passado, passando pelas discussões nos egroups e pelo próprio momento em que os estudantes se atiraram sobre a grade, na segunda-feira da calourada. Essa ação, aliás, foi extremamente espontânea, e reuniu um grande número de estudantes, e isso é inquestionável.

Ainda assim, por incrível que pareça, alguns burocratas tiveram coragem de criticar os “irresponsáveis” que derrubaram a grade. Assim usaram o ato… adivinhe. Para atacar a NN! Afinal de contas, “isso não passou por uma assembléia”.

Talvez seja por isso que os militantes do PSTU, assim como a maioria dos membros do PSOL, do PT, e até da LER (que inclusive faz parte do CA da Sociais) não participaram da ação, e inclusive nem desceram ao porão logo após a derrubada da jaula. Eles não só não desceram ao porão, como muitos se opuseram a que a festa descesse. O CA da filosofia, por exemplo, composto por militantes do PSOL, se recusou a descer com a cerveja, mesmo depois que a banda desceu. A maioria dos burocratas só ousou pisar no porão depois que a banda já estava lá embaixo, e toda a festa já havia descido!

Ora, será que não ficou mais do que claro que aquela ação expressou a vontade da maioria dos estudantes, de forma até mais direta do que se tivesse passado por uma reunião ou assembléia? Será que não ficou claro que a maioria era inequívoca, e que reivindicar uma assembléia não passava de formalismo ou pior de uma manobra desesperada para barrar a vontade da maioria?

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