Gabriel Cohn tira dinheiro dos estudantes e veta uso do Porão

MNN, 26.03.2007 — Sociais USP

Quem acreditava que os ataques aos direitos dos estudantes por parte do diretor da FFLCH-USP, Gabriel Cohn, se resumiriam a enjaular o espaço do porão da Sociais para construção de uma lanchonete, ficou surpreso com mais uma bomba lançada na última semana: uma verba de 4 mil reais por ano que a instituição disponibilizava para cada centro acadêmico gastar em materiais gráficos, foi cortada pela metade arbitrariamente.

Alegando cortes orçamentários e um “histórico de pouco uso”, Cohn demonstrou mais uma vez sua indisponibilidade em tomar decisões baseadas num fórum democrático onde quem decide é a maioria. O diretor se utilizou de um CTA, órgão burocrático que regulamenta todo o uso do prédio, que proíbe ou autoriza festas e mudanças nos espaços e que não possui um representante discente (RD), e atacou mais um direito conquistado historicamente. Nas tais reuniões desse CTA, o déspota esclarecido Cohn e sua corte de professores não davam direito de voz aos estudantes, já que não havia representação oficial. O curioso é que os CAs sequer tinham acesso direto ao dinheiro, apenas pediam para a Faculdade o serviço de impressão dos jornais, sendo que o próprio jornal/manual dos bixos da atual gestão do CEUPES foi impresso dessa maneira.

Além desse novo ataque, essa semana Cohn vedou “rigorosamente” o uso do porão “para qualquer finalidade”. A escada que leva para o espaço dos estudantes está aberta, mas as portas que dão para o gramado foram fechadas.

Mesmo estando perto de sua aposentadoria e do fim de sua gestão, é difícil pensar que Gabriel Cohn, símbolo da universidade repressora, possa parar por aí com seus ataques que implementam cada vez mais a universidade-shopping, sem qualquer projeto que possa ir além das restritas atividades acadêmico-burocráticas.

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