Começa a Reforma de Gabriel Cohn, defendida por PSOl e PSTU

MNN-Brasília 17, 17 de março de 2008
REPRESSÃO: FFLCH-USP
http://www.brasilia17.org/noticia.php?secao=us&indice=080317a

Começaria nesta segunda-feira, 17, a reforma da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, tantas vezes defendida pelo diretor ultra-autoritário Gabriel Cohn, pelo PSTU e pelo PSOL. Começará pela Letras e, para instalar o canteiro de obras, o espaço estudantil corre o risco de ser fechado. Travestida em reforma, vai se concretizando a intenção política muitas vezes anunciada pelo diretor: fechar os espaços estudantis da faculdade, um a um.

PSTU no CAELL só promove confusão
E o Centro Acadêmico dos estudantes de Letras? O CAELL — dirigido pelo PSTU — foi chamado para conversar algumas vezes com a diretoria da faculdade e após cada nova reunião mudou de discurso, criando grande confusão. Seus diretores, de início, fizeram alarde e chamaram uma assembléia dizendo que todo o espaço estudantil seria fechado no feriado (a USP não tem aula durante toda essa semana). Parecia que o PSTU ia finalmente levar adiante a luta contra Cohn e a retirada do espaço estudantil. Porém, depois de nova reunião com a burocracia da faculdade, na assembléia, disseram exatamente o contrário: "a diretoria recuou diante da nossa pressão" (que pressão?!). Agora, segundo o CAELL, não só o espaço estudantil não seria fechado como, inclusive, poderia ser ampliado pela diretoria!

A confusão era tal que não era possível saber se tratava-se de uma tática da diretoria da faculdade para deixar os estudantes prostrados ou se o Centro Acadêmico estava desde o início fechado com a diretoria (pelas costas dos estudantes) e esse vai-e-vem tinha sido todo ensaiado. Essa hipótese é reforçada pela fala de alguns militantes do PSTU, que diziam na assembléia que "a reforma é importante". Contra aqueles que mostravam as plantas do projeto de Cohn, mostrando que a reforma vai tirar o espaço estudantil, o CAELL dizia ainda que "o projeto mudou", e que o espaço estudantil não vai ser retirado, mentindo e confundindo os estudantes.

Na assembléia esvaziada, a única deliberação foi por uma audiência pública em que o diretor da faculdade exponha publicamente aos estudantes seu projeto de reforma, antes do início de qualquer obra. Ao menos assim os estudantes podem contestar o projeto do diretor sem depender da "mediação" traiçoeira do CAELL.

PSOL na FFLCH joga abertamente contra
Os outros CAs da FFLCH, em sua maioria do PSOL (Geografia, História e Ciências Sociais), em recente reunião entre os Centros Acadêmicos da faculdade, se posicionaram abertamente contra a audiência pública. Somente o CAF — filosofia — se posicionou a favor da atividade, inclusive a aprovando em sua assembléia. Os “dirigentes” do CEUPES, CEGE e CAHIS, todos do PSOL, argumentaram — como sempre — que tal discussão ainda não possuía acúmulo entre os estudantes, que para promover uma atividade como essas eles teriam de discutir mais algumas semanas com a "base” deles. A “base” deles, curiosamente, se revoltou. No curso de Ciências Sociais, por exemplo, os estudantes fizeram um abaixo assinado para chamar uma assembléia, contra a vontade do CEUPES. Tentaram, por três vezes, colocar um craft exigindo a assembléia e o craft foi rasgado pela diretoria do CEUPES (PSOL).

O PSOL, assim, em apenas duas semanas de aula, já deixa claro seu papel de agente da burocracia universitária. Como burocratas que são, aparelham as entidades impedindo a luta dos estudantes.

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