Pucviva nº 649, 10 de março de 2008
PROCESSO ADMINISTRATIVO
A comissão que coordena o processo administrativo contra nove estudantes da PUC-SP prosseguiu com seus trabalhos de coleta de depoimentos na semana passada. Os professores Rubens Arai, Eliana Faleiros e Silas Guerriero não deram autorização para que o PUCviva fotografasse as oitivas, alegando que a comissão não desejaria aparecer, fato, no mínimo, estranho visto que a maioria das provas contra os estudantes é constituída de fotos, tiradas sem autorização dos acusados. Desta vez, porém, os depoimentos puderam ser acompanhados por outras pessoas, diferentemente do que ocorreu nos interrogatórios dos seguranças da empresa Graber.
Foram ouvidos alguns dos estudantes acusados e as testemunhas arroladas pela defesa. Em linhas gerais, as argüições seguiram a mesma linha inquisitória já demonstrada anteriormente.
Acusação ao Ouvidor
A mãe de uma das indiciadas relatou o telefonema que recebeu do ouvidor Fernando Altemeyer na semana da ocupação. Segundo a testemunha, o ouvidor teria telefonado tarde da noite para sua residência, pedindo que a sua filha fosse aconselhada a se retirar do prédio da Reitoria, pois ali circulavam drogas. De acordo com o depoimento, o ouvidor afirmara que os estudantes que ocuparam a Reitoria estariam sob a nefasta influência de partidos políticos. Durante sessão do Conselho Universitário que confirmou sua permanência no cargo, há alguns dias, Altemeyer confirmou o telefonema, mas negou qualquer referência ao consumo de drogas.
Segundo a secretária da Comissão, a fase das oitivas terminou e será aberto um prazo, para as alegações finais dos advogados. A partir daí, a Comissão deve produzir seu relatório final, que será enviado à Reitoria.